O pecador
salvo pela graça é assombrado pelo Calvário, pela cruz e especialmente pela
pergunta:
- Por que
Ele morreu?
Um
indicação vem do evangelho de João 3:16; “porque Deus amou ao mundo de tal
maneira que deu seu o seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça mas tenha a vida
eterna”. Outra indicação da declaração de Paulo em Gálatas: “[ele] me amou e a
si mesmo se entregou por mim. A resposta está no amor.
Mas a
resposta parece muito fácil, muito pronta. Sim, Deus salvou-nos porque me amou.
Mas ele é Deus. Ele tem uma imaginação infinita. Ele não poderia ter sonhado
uma redenção diferente?
Não
poderia Deus ter nos salvado com um sorriso, com um espasmo de fome, uma
palavra de perdão, uma única gota de sangue? E se ele tinha de morrer, então
pelo amor de Deus – pelo amor de Cristo – não poderia ter morrido no leito,
morrido com dignidade?Por que foi condenado como um criminoso? Por que suas
costas foram esfoladas pelos açoites? Por que sua cabeça foi coroada com
espinhos? Por que ele foi pregado à madeira e deixado para morrer numa agonia
lenta e pavorosa? Por que o seu último suspiro foi dado em meio à sangrenta
desgraça, enquanto o mundo pelo qual ele se ofereceu instigava os seus algozes
com fúria selvagem?
Uma coisa
nós sabemos: não somos capazes de entender o amor de Jesus Cristo. O pecador
salvo está prostrado em adoração, perdido em assombro e louvor. Ele sabe que o
arrependimento não é o que fazemos para obter o perdão, é o fazemos porque
fomos perdoados. Ele serve como expressão de gratidão em vez de esforço para
obtenção do perdão.
Portanto
a seqüência: perdão primeiro e arrependimento depois (e não arrependimento
primeiro, perdão depois) é crucial para a compreensão do evangelho da
graça.
O
discípulo que vive pela graça em vez da lei já experimentou uma conversão
decisiva: uma mudança de desconfiança para confiança. A característica mais
destacada de se viver pela graça é confiança na obra redentora de Jesus Cristo.
Crer
profundamente, como Jesus cria que Deus está presente e agindo na vida humana é
compreender que sou o filho amado deste Pai e, portanto, livre para confiar.
Isso faz uma diferença profunda no modo como me relaciono comigo mesmo e com os
outros; faz uma enorme diferença no modo como vivo.
Para
confiar em Abba, na oração, no Filho e
Espírito Santo, é postar-se de pé em abertura infantil diante do mistério do
amor e da aceitação da graça.

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